- O parto Natural e humanizado de verdade - A maneira segura e emocionante de ajudar mulheres trazer crianças ao mundo

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Fotos de orkut

Eu não aprendo...

Vira e mexe, aparece alguma amiga minha grávida no orkut. Daí não resisto: pergunto se quer informação sobre parto natural e tals. A maior parte diz que sim, mas não é a verdade. Elas simplesmente querem o bebê, o que é compreensível, mas acreditam em qualquer um que demonstre uma garantia (que de fato não existe) de que vai dar tudo certo.

Às vezes me iludo seriamente com o interesse. Não consigo interiorizar a razão pela qual as mulheres se permitem deixar os sonhos tão facilmente, em troca de uma segurança completamente artificial, antinatural e até mesmo mais perigosa do que um parto domiciliar, que é o grande pavor dos que não conhecem.

Algumas saem um pouco da média e trocam alguns emails, nomes de profissionais, meia dúzia de sites, descobrem o que é "doula"... Mas com 37 semanas o médico diz que nao vai arriscar mais porque o bebê esta com cordão enrolado (veja bem: pode morrer enforcado e a culpa vai ser sua!), tudo que ela sabe vai por água abaixo e realmente acredita na raridade da circular de cordão e que sua cesárea foi de alto risco para o bebê.
Se bem que pode até ter sido, porque o bebê sem trabalho de parto, certamente foi retirado antes da hora e terá que ficar a noite na encubadora se recuperando do desconforto respiratório que a própria cesárea causou.

Então acontece o clássico: depois de 37/38 semanas de gestação, ela desaparece da internet e surge 3 semanas depois, se não houverem complicaçoes cirúrgicas, grata à tecnologia e aos céus por não ter dado ouvidos às loucuras meio woodstock, expondo seu bebê ao incerto e irresponsável natural.

E descubro isso na tradicional foto do perfil do orkut: cabeça da criança em direção oposta á da mãe, deitada, sorriso dopado, de touca, em meio a uma cortina verde, que se diz estéril.

Daí fica tudo bem, não importa o preço a se pagar, pois mãe e filho estão vivos, sem sequer imaginar tudo que envolveu aquele inocente nascimento.
A felicidade de ter o filho nos braços anula (?) ou consola a frustração de não ter conseguido ou de ter sido impedida de colocar seu filho no mundo, exercendo plenamente sua feminilidade e uma parte importante e irrecuperável de sua maternidade.

O pior é que, da próxima vez, lá estrei eu nesta minha busca incansável por não sei o que...
Nem sei se faz sentido me preocupar tanto assim com partos dos outros...
Tentando ajudar quem não quer ajuda, acreditando que o parto pode ser tão determinante e transformador na vida de outra - que tem outras buscas e outros valores - quanto foi na minha... Bobagens de uma romântica inveterada.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Parto normal, em segurança e em paz.

Sou a favor do parto normal, em especial em casa, pq desta forma, o bebe tem o seu tempo para amadurecer e dizer hormonalmente à mae que deseja e está pronto para nascer.

Muitos dirão que isto é balela, mas imagine o susto que o bebe tem ao ser retirado de sua casinha, do agradavel utero materno, agressivamente. É so questao de parar para pensar.

Alem de tantos riscos da cesarea, existe tb a mensagem ao feto de que as pessoas deste mundo farao o que acharem melhor e nem sempre pensarao nele ou "pedirao" sua opiniao sobre questoes importantes que o envolvem visceralmente (literalmente).

Particularmente, pelo que posso observar, só em casa este nascimento pode ser completamente sossegado e em paz. os profissionais, por costume ou insegurança, sempre acabam intervindo de alguma forma no hospital, tirando a chance do parto ser realmente natural. Parto no hospital ou em casa jamais será somente uma questao de lugar... É fisolofia, é princípio, é outra coisa completamente diferente. Mas ambos tem sua historia e seu lugar.

Estamos aqui para dizer que parir, talvez na mesma cama em que a criança foi concebida, nao é sujo nem perigoso.

A verdade esta emergindo de maneira muito forte. O excesso de tecnologia desnecessaria nao diminuiu a morte nem nosso medo dela. jamais nos deu a garantia que procuramos incansavelmente, enquanto espécie. Ao contrario, vestidas de roupa estéril, tira muitas vidas.

Os valores foram invertidos. O que há 40 anos era rotina, hoje é encarado como aberração.

Tentamos do jeito predominantemente tecnologico e NAO DEU CERTO. Agora voltamos às raizes com sucesso. Muitos criticarão, porque nao conhecem e nao sabem fazer de outra forma.

Existe um medo humanamente compreensivel do desconhecido. Mas nao tem jeito. O modelo que aí esta ja começou a rolar ladeira abaixo e nao vaimais parar, porque uma nova autocosnciencia está chegando.

Atraves dos desejos destas mulheres, seus filhos nascerao em um ambiente de paz e liberdade e, espero, terão mais condiçoes de vencerem os obstáculas e as difíceis transições que estamos a beira de passar.

Um nascimento tranquilo e seguro é o que nossas crianças precisam para fazer um mundo melhor.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Novas Mulheres

Especialmente nestes últimos dias tenho tido surpresas muito gratas quanto a iniciativa de algumas mulheres diante de seu parto.
Seria muito mais fácil se acomodar. Todos falam bem do Parto Normal e não é difícil “querer” um PN, mas no inconsciente coletivo reina a idéia de que a cesárea não faz mal a ninguém e qualquer desculpa serve para justificar.
Em vários aspectos da vida as pessoas não são coerentes, mas convenientes. É muito difícil despertar de tantos preconceitos vida afora. E para isso é necessário um pensamento crítico determinado e incansável, sem sofrer com a lentidão dos que conhecem a verdade ou com a ignorância dos que negam o óbvio, até sem perceber.
Quando me vejo deixando algum antigo conceito, uma opinião se transformando, alguém amadurecendo, me sinto sempre comovida.
Poucas coisas me comovem e entre elas estão a capacidade de autotransformação, o trabalho idealista e a simplicidade. E elas me tocam profundamente.
Quando vejo essas mulheres, algumas ainda tão meninas, reagindo, não se deixando levar pela maré, isto traz esperança de que um dia as pessoas um dia refletirão sobre suas decisões, a gravidade e a grandeza de cada passo que têm para dar.
Algumas mulheres em suas escolhas de partos vão além. Encaram uma sociedade tecnocrática, dependente e limitada. E mais: enfrentam a si mesmas e seus próprios medos. Só o enfrentamento traz fundamentação e amadurecimento. Fugir não é uma maneira eficaz de lidar com os desafios ou com os desejos.
Muitas levarão mais tempo para perceber que o parto não é uma transferência de tutela; umas nem terão a chance de mudar a tempo e outras precisarão passar por outras situações antes de fazerem suas escolas definitivas. O fato é que, a longo prazo, a lição pode ser diferente, mas o aprendizado é igual para todos.
Quero dizer que estou muito orgulhosa com este movimento de libertação feminina. Ainda é uma luta de poucas, mas “umas poucas” muito fortes... A Matrix perde espaço e a consciência se alastra. É o inicio de um novo tempo.

Eles já me visitaram