- O parto Natural e humanizado de verdade - A maneira segura e emocionante de ajudar mulheres trazer crianças ao mundo

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Eu posso parir em casa?

Fico pensando nas dúvidas que devem rodear a mulher que deseja um parto o mais natural possível, mas não sabe se está pronta para tal.
Imagino que quanto mais imersa no sistema, mais difícil seja sair dele.
E a Matrix não perdoa seus desertores...

Primeiro, se há dúvidas, elas merecem reflexão: Eu quero? Por que quero? O quanto quero? O que espero de um parto? Por que? Quais são as histórias de parto que escutei a vida toda? Eu acredito que posso?
As respostas precisam ser muito sinceras.

Ter um parto domiciliar é uma escolha séria e quando a hora chega não pode haver ainda hesitação. As coisas têm que estar muito claras na Hora P.

Por este motivo, várias pessoas pensam em parto em casa, mas poucas vão até o fim.
Algumas dizem que é caro... É sim, mas é o preço de um parto hospitalar particular e várias pessoas têm partos hospitalares particulares. Se apertam daqui e dali e dão um jeito.
Quanto à segurança, qualquer pessoa que estude o assunto e conheça um hospital comum, verá que normalmente são ambientes muito contaminados e nem têm toda a tecnologia que a propaganda diz. E sinceramente raramente ela é necessária.

De qualquer forma, parto em casa não é brincadeira. Ainda mais porque há perseguidores nos moldes dos inquisição, aguardando nossas "blasfêmias médicas"!
Existe uma co-responsabilização muito grandes em partos domiciliares. Não existem vencedores nem perdedores, mas parceiros.

Para fazer esta escolha, é preciso estar seguro, ser auto-confiante, acreditar na natureza visceralmente.

Não é moda, não é besteira. É uma das decisões mais importantes da vida.
Mas não há nada pelo que tenha tido tanto orgulho quanto ter o poder de trazer os meus filhos pra mim...

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Assistir partos domiciliares

Ontem duas mulheres cogitaram séria e claramente a possibilidade de parto domiciliar com minha presença.
Duas, no mesmo dia.

Pedi a ambas (separadamente) que pensassem nesta possibilidade como eu também pensaria.

Estou completamente convencida que o Parto natural domiciliar é a uma opção perfeita para gestantes de baixo risco que desejem um parto realmente fisiológico, livre e seguro.

Manifesta-se tanto a possiblidade da mulher (bastante real, diga-se de passagem) da mulher poder "escolher" a cesariana, um procedimento indiscutivelmente médico, mas veta-se abertamente a possibilidade da mulher escolher parir em casa, sem as tecnologias, que na prática mais atrapalham do que ajudam.

Ou seja, quando a escolha alimenta nosso sistema viciado e capitalista, podemos escolhê-la. O contrário disso é blasfêmia. Isso faz de mim uma imperdoárvel herege...

O fato é quando nós, profissionais convencidos da segurança do parto domiciliar, recebemos pela primeira vez este convite tão puro e corajoso de uma mulher, somos obrigados a mergulhar em nossa consciência para esclarecer algumas importantes dúvidas.
A primeira delas é "Será que estou preparado?"
Não é a questão técnica, mas a social.
Estou preparada para os comentários? Estou preparada para as críticas árduas e perseguições?
Se precisar remover para um hospital, minha cliente será discriminada?

Uma outra questão é: "Ela quer mesmo um parto domiciliar? E por quê?"
A maior parte das mulheres acredita que o parto normal hospitalar provoca as mesmas sensações de um parto em casa... O que faz esta mulher, em especial, ser diferente da maioria? De onde surgiu este desejo? É Inato? Como foi seu próprio nascimento?
Ela conhece o assunto e está segura de sua decisão?

No parto domiciliar, somos co-responsáveis. Não existe mérito nem culpa individual. Deve existir parceria, respeito e confiança incondicionais, antes de qualquer coisa.
Responsabilidade e verdade são as palavras de ordem.

Eu quero muito fazer. Não sei se o certo é descobrir minhas respostas primeiro ou fazer e responder depois, até com mais segurança por ter vivido a experiência.

O que sei é que Deus manda anjo para cuidar dos anjos e o melhor vai sempre acontecer.
O melhor pode não ser o que prepotentemente acreditamos e exigimos da vida.
Mas tão poucos estão preparados pra vida...

Sou uma alma rebelde aos olhos da sociedade. Sou avessa à maior parte dos dogmas impostos. Pouco importa á sociedade que meus ideais sejam pro bem, é mais confortável menosprezar o que não se compreende do que sequer pensar a respeito, para não correr o risco de cogitar mudar.

Há muitas e muitas pessoas esperando um Parto domiciliar dar errado para desgraçar toda a causa. E qualquer coisa que possa ser chamada de errado vai valer. Até mentira e preconceito já foram usados com este fim.

Me sinto na obrigação moral de ajudar outras mulheres a parir. É mais forte do que eu. Somos meia dúzia de confiantes alternativos num mar de medo e enganação perfeitamente aceito, e até apropriado, para esta sociedade.

Precisamos muito transformar as pessoas... Mas fica difícil com tantos remédios, aparelhos, confortos... É uma humanidade tão exagerada e sem fé...

Mas estes ideais são mais fortes do que eu e do que meus fantasmas internos...

Acabei de encontrar:
"Existem muitas razões para fazermos nossas escolhas com base no que os outros pensam e fazem. Primeiro, porque talvez nossa auto-estima não esteja tão alta. Segundo, porque temos dúvidas. Terceiro, porque nos preocupamos com o que os outros pensarão sobre nós. Para fazer as escolhas certas precisamos: (1) fortalecer o intelecto, tomando decisões precisas entre certo e errado, (2) desenvolver o auto-respeito, ao ter força de vontade para perseguir nossas escolhas. Cada situação da vida será melhor conduzida se fizermos a escolha certa no momento certo. É isso que nos faz mestres do nosso próprio destino!"BK Venkata, Choosing your destiny, The World Renewal, February, 2005

Acho que encontrei a resposta.

Eles já me visitaram