- O parto Natural e humanizado de verdade - A maneira segura e emocionante de ajudar mulheres trazer crianças ao mundo

sábado, 22 de agosto de 2009

Na faculdade

Certa vez durante a graduação, uma professora soltou a seguinte máxima em plena sala de aula: “temos que fazer trabalhos científicos que exaltem a Enfermagem!”

Naquele momento, eu que desejava ser uma pesquisadora acadêmica, vi meus olhos brilharem. “É mesmo, vou usar meu trabalho para exaltar minha profissão!”

12 anos depois vejo tão claramente a besteira que escutei naquele dia.

Não foi fácil pensar como penso hoje. Seria muito mais fácil simplesmente ficar discutindo com outras profissões o que é meu, o que é seu e o que é nosso., mas isto não é correto. O corpo é da mulher, o parto é da família, o nascimento é do bebê. Nada ali é meu senão os sentimentos e o aprendizado.

Vendo ainda hoje, profissionais muito mais velhos de casa do que eu, discutindo o que é de quem, procedimentos, quem ganha mais, quem sabe mais, percebo o quão longe estamos da obstetrícia cientifica, humana e ideal.

Não importa quem faz o bem: o importante é que alguém faça. Este modelo no qual vivemos não supre esta necessidade. É a obstetrícia baseada no “Eu faço assim”, onde a mulher não tem voz, o bebe não é respeitado e o pai, ignorado.

Apesar da humanização comer pelas beiradas, cresceu por ser independente. Um modelo tradicional não vinga se não for autossustentável. O parto natural é. Os recursos que utiliza são paciência, sutileza, coragem, firmeza... Características humanas. De nada servem bisturis, soros e fios sem um coração de verdade batendo por trás.

Esse negócio de “procedimento”, “risco”, tinha tudo para ser verdade se fosse sempre sincero. O problema é que não é a verdade. A insistente fala sobre insegurança no parto domiciliar ou natural hospitalar traduz nada mais que uma insegurança pessoal e acadêmica. É melhor fazer o que aprendi do que o que não conheço. Mas se fechar para o novo é lamentável.

Torço para que os profissionais amadureçam logo e unam-se para combater a desumanização e a mortalidade materno infantil. Que possam construir juntos um novo sistema, maduro, altruísta e sóbrio.

Um comentário:

Rosana Oshiro disse...

Conheci teu blog agora e adorei.

Linkei no meu ok?

beijo

maternajapao.blogspot.com

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