Certa vez durante a graduação, uma professora soltou a seguinte máxima em plena sala de aula: “temos que fazer trabalhos científicos que exaltem a Enfermagem!”
Naquele momento, eu que desejava ser uma pesquisadora acadêmica, vi meus olhos brilharem. “É mesmo, vou usar meu trabalho para exaltar minha profissão!”
12 anos depois vejo tão claramente a besteira que escutei naquele dia.
Não foi fácil pensar como penso hoje. Seria muito mais fácil simplesmente ficar discutindo com outras profissões o que é meu, o que é seu e o que é nosso., mas isto não é correto. O corpo é da mulher, o parto é da família, o nascimento é do bebê. Nada ali é meu senão os sentimentos e o aprendizado.
Vendo ainda hoje, profissionais muito mais velhos de casa do que eu, discutindo o que é de quem, procedimentos, quem ganha mais, quem sabe mais, percebo o quão longe estamos da obstetrícia cientifica, humana e ideal.
Não importa quem faz o bem: o importante é que alguém faça. Este modelo no qual vivemos não supre esta necessidade. É a obstetrícia baseada no “Eu faço assim”, onde a mulher não tem voz, o bebe não é respeitado e o pai, ignorado.
Apesar da humanização comer pelas beiradas, cresceu por ser independente. Um modelo tradicional não vinga se não for autossustentável. O parto natural é. Os recursos que utiliza são paciência, sutileza, coragem, firmeza... Características humanas. De nada servem bisturis, soros e fios sem um coração de verdade batendo por trás.
Esse negócio de “procedimento”, “risco”, tinha tudo para ser verdade se fosse sempre sincero. O problema é que não é a verdade. A insistente fala sobre insegurança no parto domiciliar ou natural hospitalar traduz nada mais que uma insegurança pessoal e acadêmica. É melhor fazer o que aprendi do que o que não conheço. Mas se fechar para o novo é lamentável.
Torço para que os profissionais amadureçam logo e unam-se para combater a desumanização e a mortalidade materno infantil. Que possam construir juntos um novo sistema, maduro, altruísta e sóbrio.
Naquele momento, eu que desejava ser uma pesquisadora acadêmica, vi meus olhos brilharem. “É mesmo, vou usar meu trabalho para exaltar minha profissão!”
12 anos depois vejo tão claramente a besteira que escutei naquele dia.
Não foi fácil pensar como penso hoje. Seria muito mais fácil simplesmente ficar discutindo com outras profissões o que é meu, o que é seu e o que é nosso., mas isto não é correto. O corpo é da mulher, o parto é da família, o nascimento é do bebê. Nada ali é meu senão os sentimentos e o aprendizado.
Vendo ainda hoje, profissionais muito mais velhos de casa do que eu, discutindo o que é de quem, procedimentos, quem ganha mais, quem sabe mais, percebo o quão longe estamos da obstetrícia cientifica, humana e ideal.
Não importa quem faz o bem: o importante é que alguém faça. Este modelo no qual vivemos não supre esta necessidade. É a obstetrícia baseada no “Eu faço assim”, onde a mulher não tem voz, o bebe não é respeitado e o pai, ignorado.
Apesar da humanização comer pelas beiradas, cresceu por ser independente. Um modelo tradicional não vinga se não for autossustentável. O parto natural é. Os recursos que utiliza são paciência, sutileza, coragem, firmeza... Características humanas. De nada servem bisturis, soros e fios sem um coração de verdade batendo por trás.
Esse negócio de “procedimento”, “risco”, tinha tudo para ser verdade se fosse sempre sincero. O problema é que não é a verdade. A insistente fala sobre insegurança no parto domiciliar ou natural hospitalar traduz nada mais que uma insegurança pessoal e acadêmica. É melhor fazer o que aprendi do que o que não conheço. Mas se fechar para o novo é lamentável.
Torço para que os profissionais amadureçam logo e unam-se para combater a desumanização e a mortalidade materno infantil. Que possam construir juntos um novo sistema, maduro, altruísta e sóbrio.
Um comentário:
Conheci teu blog agora e adorei.
Linkei no meu ok?
beijo
maternajapao.blogspot.com
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