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sábado, 8 de novembro de 2008

Como transformar um cesarista em um potencial humanista

Os profissionais que assumem que suas taxas de cesáreas são altas por sua própria conveniência, honestamente, não representam um desafio para o movimento de humanização do nascimento. Eles são o que são, deixam claro e somente a mulher que deseja uma cesárea o procurará. Não entrarei no mérito da informação ou desinformação desta mulher que se expor a riscos desnecessários. Da forma como a sociedade está hoje organizada (?), este profissional é até necessário.
O que encaro como um grande impasse é o profissional que se diz (sutil ou arduamente) a favor do parto natural, mas tem 80% de cesarianas no currículo.
E o pior disso é que sua habilidade é realmente maior na cesárea, sendo o PN um evento esporádico e inseguro. O que gera tensão e intervenção.
Alguns dizem que são as mulheres que pedem e marcam a cirurgia, quando há pesquisas científicas, dizendo o contrario. Mas mesmo à luz desta hipótese, se realmente este profissional é a favor do PN, como se submeter a realizar um procedimento infundado e inadequado à situação?
A este eu digo: você não precisa se conformar com isto. Quanto mais sua prática se aproximar de seu discurso humanizado, naturalmente as mulheres que querem parir virão até você, que jamais ficará sem trabalho e... Sem ética.
É óbvio que a quantidade de gestantes diminuirá e que a média paga pelos planos de saúde pelo parto não seria um pagamento justo por várias horas de trabalho de parto. E não haveria tempo para manter todas as clientes que tem hoje assim.
E é aí que começam as vantagens para o recém humanizado.
Primeiro, as que querem cesária absolutamente desaparecerão, pois não falta quem faça.
Em segundo lugar, o parto será melhor remunerado, tendo em vista seu destaque diante de outras práticas obstétricas, sua maior disponibilidade e seu diferencial.
Terceiro, com menos clientes, estará menos sujeito a erros por poder se dedicar mais e se vincular a cada uma das mulheres que acompanhar. Sem excessos, sem stress.
Por último – mas não menos importante -, você sentirá melhor até consigo mesmo por ter uma prática coerente com a lógica ético-científico-humana, feitas em juramento. Será convidado a explanar sobre sua experiência em evento tanto para mulheres quanto para colegas. O diferente chama muito a atenção e logo você será a referência regional de parto humanizado e redução de cesáreas. Acredite! É assim com todos.
Mas o prêmio “hors concours” da satisfação em ser humanista é poder ver e ajudar freqüentemente bebês nascendo em paz, mães mais seguras colocando seus filhos no mundo sem nada, senão sua própria força. E saber que sua presença fez toda diferença. Dando segurança, tranqüilidade, romantismo e o tom sagrado que todo nascimento poderia ter.
Não tenho muito mais palavras para tentar te fazer entender... Mas sei que se leu até aqui, existe uma semente em algum lugar.
Ainda não é tarde.
Tente. Dê o primeiro passo. Comece por algum lugar. Não digo que não seja solitário e difícil no início. Mas é um caminho apaixonantemente sem volta. E o tempo depende mais do quanto você quer, se dispõe e acredita do que do próprio destino.
De tudo, o que garanto é uma satisfação pessoal sem limites e uma vida mais produtiva, memorável e intensa.

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