O que se esconde por trás da expressão “Parto cesáreo”?
Para compreender isto, primeiro temos que esmiuçar ambas as palavras, isoladamente.
Há 50 anos, se fosse perguntado a uma mulher o que a parteira faria se o parto não saísse como o planejado, certamente ela não diria que faria uma cesariana. Ela simplesmente confiaria que tudo sairia bem e teria fé que Deus guiariria as mãos de sua parteira.
Simples assim.
Claro que não podemos exigir que uma sociedade cega dessas, descrente de tudo que não se possa ver, leve isto em consideração. Mas é necessário refletir sobre o porquê a história das parteiras ser de tanto sucesso e porquê a mortalidade materno-infantil não caiu com o advento da dita “tecnologia”. Que, por sinal, veio para "salvar" as poucas que a natureza não conseguia e, ao invés disso, foi utilizada indiscriminadamente, o que acarretou sérios problemas que todos já conhecemos. Então que segurança é essa que não dá resultados? A segurança não deveria advir dos próprios resultados?
Isto porque a conversa até entao é somente bem estar físico, porque se houver uma avaliação integral, incluindo a humanização,a comparação é descrepante.
Para compreender isto, primeiro temos que esmiuçar ambas as palavras, isoladamente.
Há 50 anos, se fosse perguntado a uma mulher o que a parteira faria se o parto não saísse como o planejado, certamente ela não diria que faria uma cesariana. Ela simplesmente confiaria que tudo sairia bem e teria fé que Deus guiariria as mãos de sua parteira.
Simples assim.
Claro que não podemos exigir que uma sociedade cega dessas, descrente de tudo que não se possa ver, leve isto em consideração. Mas é necessário refletir sobre o porquê a história das parteiras ser de tanto sucesso e porquê a mortalidade materno-infantil não caiu com o advento da dita “tecnologia”. Que, por sinal, veio para "salvar" as poucas que a natureza não conseguia e, ao invés disso, foi utilizada indiscriminadamente, o que acarretou sérios problemas que todos já conhecemos. Então que segurança é essa que não dá resultados? A segurança não deveria advir dos próprios resultados?
Isto porque a conversa até entao é somente bem estar físico, porque se houver uma avaliação integral, incluindo a humanização,a comparação é descrepante.
Então para curar a ferida de uma cesárea e de tudo que ela implica, junto com a cicatriz dão também o rótulo “Parto cesáreo” para que todos sem sintam mais confortáveis dentro da frustração. A mulher porque desejou, o médico porque não correspondeu.
Parto é processo. Parto é como se chamava há milênios e cirurgia é outra coisa. As pessoas não são mais nem menos por terem nascido ou se submetido a uma cesariana, mas não é um nome errado para o procedimento que vai curar a ferida.
Cesariana é uma classificação para uma operação, um procedimento médico, uma medida extrema para uma situação extrema. Parto em hip´´otese alguma é isso.
Digo e repito: as cesáreas são importantes não sô para salvarem vidas fisicamente. Reconhecemos a importância de cesariana até quando não existe um risco de vida claro. Quem vive no campo de batalha sabe disso.
A questão é que as feridas não são curadas com palavras amenizadoras, mas com reflexões e atitudes. Colocar panos quentes jamais resolverão as questões pessoais que uma ferida dolorida implica.
Não existe “parto cesáreo” tanto quanto não existe o cultuado jargão “menos mãe”. Existem, sim, pessoas que passaram por cirurgias - por desejo, necessidade, equívoco ou enganação - para terem seus filhos. Mas isso foi o que a vida ofereceu naquele momento, por alguma razão. Razão individual e intransferível. Ficar triste com quem aponta um problema não é suloção.
Não fiquem magoadas. São só palavras que precisam ser bem colocadas...
Não recuse informação, oportunidade nem a mudança.
Evite preconceitos, panos quentes e autocomiseração. É o espelho nu que nos mostra a verdade, não a pintura de uma bela paisagem.
O conto de fadas acabou, mas a culpa não é de ninguém.
O conto de fadas acabou, mas a culpa não é de ninguém.
A cura de uma cesárea não é só física, mas nós mulheres podemos lidar com isso e superar. Ainda mais depois que nos tornamos mães!