Dizem que a mulher que deseja muito parir, deveria se preparar para o caso de vir a passar por uma cesariana.
Antes de refletir e escutar algo determinante sobre isso, também caí no piegas "preparar-se para o pior", mas vamos pensar juntos sobre o assunto.
Imagine que você encontrou o homem da sua vida. Ele está igualmente apaixonado e ansioso por você. Decidiram se casar na igreja com toda pompa a que tem direito. Está tudo pronto e lá está ele no altar admirado com sua beleza e não se contendo em si de tanta alegria. Vocês chegam até o padre que diz: "Olha, tudo bem eu até faço esse casamento se é o que vocês querem, mas não vou enganar ninguém não. A chance de de dar em divórcio em nossos dias é muito alta. Então vamos jogar limpo: ambos têm que se preparar para o caso de pegar o outro na cama com outra pessoa, para aturar mentiras e inúmeras diferenças que provavelmente acabarão com os sonhos que construíram juntos. E pode ser muito pior do que estou dizendo. É isso. Não quero ver ninguém chorando e sofrendo depois porque eu avisei!"
Apesar de ambos serem possibilidades - a separação e a cesárea -, não podemos deixar de sonhar intensamente com o sucesso desse casamento e desse parto, só porque em alguns casos fatalmente dará errado.
Não há como se preparar demasiadamente para o que não está nos planos.
Mas se o que não desejamos acontecer, a dor é inevitável. Como em toda decepção, teremos que sofrer, compreender, reconstruir e, ás vezes, se reinventar para resolver e cicatrizar a ferida que não é só física.
Eu gostaria muito que as mulheres já viessem preparadas ou memso de saber prepara-las, mas isso é uma grande ilusão. Devemos sempre falar sobre as possibilidades, mas o tempo de um porfissional com a mulher deve ser usado, em sua maior parte, avaliando sua saúde e empoderando-a.
Não há como preparar-se para o que consideramos ruim. Sabemos que pode acontecer, mas acredito que pedir para esperar o que não queremos, seja algo incoerente demais para pedir.