Nunca fiquei tanto tempo sem escrever sobre partos.
Há uma série de razoes para eu ter dado um tempo, mas o fato é que eu estava sem vontade.
Amo obstetrícia, amo ver gente parindo gente, mas confesso que, apesar de continuar ajudando mulheres a parir, tenho sido levada, sem hesitação de minha parte, para outros focos, o que não me impede de permanecer empoderando as mamíferas.
E aí agora quando entro, vejo que estou com 20 seguidores, sem qualquer esforço com divulgação... Isso me faz pensar que o que tenho a dizer é importante sim, ao contrário do que comecei a acreditar.
E é em gratidão a vocês que escrevo hoje.
Não quero recorrer ao mimo, ser elogiada ao extremo ou qualquer coisa assim. Só precisava sentir que o que eu tenho a dizer e fazer em obstetrícia está ajudando as mulheres a terem seus filhos em segurança e em paz. Este é meu maior objetivo dentro da enfermagem obstétrica.
Todo mês de novembro existe o encontro dos humanistas e afins, num evento que ficou conhecido como “O encontro da fadynha” (www.partonatural.com.br) que é uma doula, talvez a mais famosa do Brasil, que é quem dá o gás que um encontro desses precisa.
Eu sempre vou a estes encontros. É sagrado pra mim. Vejo muitos amigos querido e de longa data que só tenho a oportunidade de encontrar uma vez por ano ou, muitas vezes, uma vez por vida. É um momento que não poso perder.
E rever estas pessoas, sonhar junto, confabular, especular, pensar estrategicamente com elas sempre me traz a energia que preciso para continuar nesta luta constante que é fazer o mundo compreender que o parto não é um ato médico, que o parto é um ato da mulher e que o máximo que podemos fazer é observar e ajudar, nada mais.
amais vou abandonar este desafio, esta grata missão, que é auxiliar o nascimento humano. Desta forma acredito que possa contribuir por uma humanidade mais sensível, mas sábia e mais feliz.
Eu nunca fui embora, mesmo assim estou de volta!