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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Decisão

É tristemente comum, uma mãe dizer que tentou um parto normal ou amamentar e não conseguiu.
Infelizmente para conseguir estas coisas, querer somente, não basta.

É possível ter estas experiências, mas é muito difícil sem apoio familiar– do pai em especial - e dos profissionais que a rodeiam.

Se a mulher acreditar que não tem passagem, que seu bebê é grande demais ou que uma cirurgia pode parir melhor do que ela mesma, se submeterá facilmente a uma cesárea “necessária” e de urgência (porém marcada); ou concordar com seu pediatra que seu leite não esta sustentando, que seu leite faz mal ou que a vaca tem melhores condições que ela para amamentar seu bebê humano, se deixará levar pelas maravilhas paliativas de chupetas coloridas e mamadeiras engraçadinhas...

Se esta mãe não acreditar em si mesma como a melhor provedora do melhor nascimento e alimentadora biológica de seu filho, como ela conquistará a autoconfiança necessária para fazer todo o resto?

Parir e amamentar são os primeiros grandes desafios da mãe moderna. Os profissionais, recebem pouco pelos procedimentos e se acomodaram em cirurgias agendadas, outros “acreditam” que as mulheres não são perfeitas para prover seus filhos em seus primeiros anos de vida, não estimulam as coisas naturais.

As mulheres, por sua vez, não confiam em si mesmas e se apóiam completamente em maldizeres alheios sobre sua capacidade inata e divina de ser mãe em todos os sentidos.

Não adianta ser vegetariano, entrar numa churrascaria e querer ser bem servido. Você pode até se alimentar, mas não vai poder exigir muita coisa. O mesmo acontece com as mulheres que querem parto vaginal e se consultam com profissionais de histórico alto de cesárea.

Há obstetras que desencorajam o parto, desde a 1ª consulta. Que indicam cesárea com falsas justificativas clinicas, submetendo crianças à prematuridade, às difíceis UTIs-neo e os pais, a um sofrimento desnecessário.

Seu assistente de pré-natal de parto é um prestador de serviços, como seu advogado e seu arquiteto, merece tanto respeito quanto qualquer outro profissional. Se você se sente enganada ou se a casa que o arquiteto não tem , são responsabilidades profissionais e você tem o direito de reclamar e exigir seus direitos em qualquer situação. Se não somos atendidos, se o profissional não têm a prática adequada ao desejo que temos, trocamos! Não tentamos convence-lo do contrário! Por que um obstetra, que é um profissional responsável, teria o direito de te submeter a uma cesárea sem você querer?

As pessoas fazem o que são treinadas para fazer... Então, se quer um parto normal, reflita e vá atrás de alguém que atenda à sua necessidade. Logo. Escolher uma pessoa assim para FAZER seu parto, não tem como dar certo e isto sim – não o parto em si – gera frustração.

Quem quer um parto empoderador, tem que começar, procurando um profissional que pense semelhante. Que a deixe a vontade, que não tenha mil compromissos, uma pressa inexplicável, enfim, que seja disponível. Que acredite que, no máximo, AJUDARÁ no parto, mas não que irá fazê-lo por ela. Tem que estar em sintonia, que seja, antes de tudo, um parceiro e, em algum nível, até amigo. Pode parecer exagero, mas se não for desta forma, esta futura mamãe acabará com o coração partido numa cesárea ou num parto difícil e cheio de intervenções desnecessárias... O que também atrapalhará a amamentação, porque, sem a ocitocina biológica do parto e cheia de dor pós-cirúrgica, seu leite demorará mais a descer e terá dificuldade em se posicionar. Tem tudo a ver.

As mulheres que têm cesáreas podem amamentar, mas há uma dificuldade a mais. Isto é, inclusive, uma orientação do Ministério da Saúde: incentivar o parto para, dentre muitas outras vantagens, facilitar a amamentação.

A mulher precisa da segurança que a capacidade de parir e amamentar traz. Isso não é pouca coisa nem é besteira.

Então, para começar a conversa: procure o apoio do profissional que tenha a ver contigo! Não espere milagres! Faça o milagre acontecer. Não caia em qualquer conversa. Procure outras opiniões, leia, vasculhe. A informação é muito mais fácil hoje em dia e nunca é demais. Basta procurar no lugar certo. Tenha sempre em mente que a cesárea não foi criada para ser uma opção, porque é um ato médico e agressivo, o último recurso. O parto normal não dói tanto assim (a menos que seja cheio de intervenções) e, além de existirem recursos para alívio, há mulheres que nem sentem dor. O parto normal natural também não desfigura a vagina nem atrapalha sua vida sexual, pelo contrário! Às vezes deixa a mulher até mais relaxada com seu próprio corpo, assumindo melhor sua sexualidade. Esta é uma experiência bastante relatada entre as mulheres que pariram naturalmente.

Amamentar e parir não é só legal, mas fundamental. Acredite que pode, procure o apoio, se prepare e vai acontecer. Seu corpo é perfeito. Você é capaz de tudo que quiser e estas são oportunidades únicas de experimentar sensações deliciosas e que você passará 2 ou 3 vezes, no máximo, em toda sua vida. Faça valer a pena. Porque, cá pra nós... Vale muuuuiiiito!

Se quiser, depois volte para contar como foi. Há vários grupos na Internet que podem ajudar. As verdadeiras indicações de cesárea são muito restritas. Não passe os melhores instantes de sua vida deitada e anestesiada sem necessidade, por favor!

E quando for necessário, seu profissional de confiança e seu coração vão saber e compreender muito bem, sem críticas e sem inseguranças o melhor caminho a percorrer. Mas a decisão de desejar é intransferível.

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