Quem dera que pudessemos voltar aos tempos da vovó, onde a criminalidade era mínima, onde se tinha muitos filhos e somente as condições de saneamento/higiene e desnutrição não permitiam que as pessoas vivessem mais.
A dependência de remédios, médicos e tecnologia era mínima e quem estaav vivo, tinha realmente qualidade de vida, diferente de hoje, quando muitos sobrevivem, mas poucos vivem. Ao contrário, vivem sequelados, com problemas de comportamento, de convivio, vícios, tendentes ao suicidio, auto-destruiçao. "É, mas pelo menos estao vivos", alguns diriam, como se nada mais importasse.
"Não ha gravidez e parto sem riscos". Isso é verdade. Enfim não há vida sem risco. Nós nunca negamos isto. O que fazemos é compreender e aceitar isso, sendo co-responsaveis pelas nossas decisões e pelas nossas vidas.
São tantas aspas sem referência bibliográfica. Recorrer a preconceitos para justificar uma posição sem fundamento, descabida. Absurdo e inadmissível atribuir credibilidade a aspas soltas por aí..
A ciência "moderna" (onde?) diz que uma gravidez normal é de 38 a 40 semanas? Alguns questionamentos então... Por que tantas gestações interrompidas antes disso? No que se baseia o MS para instituir nos PSFs o padrão de 38 a 42 semanas? Se apenas 15 a 20% (são um números cabalísticos?) precisam de intervenções de um médico, por que então que na prática 98% dos partos têm algum tipo de intervenção? Ou vocês admitem que fazem intervenções desnecessárias? Que medidas têm adotado para diminuí-las? E por que a maioria delas nem é científica rotineiramente (episiotomia, enema, kristeller, posiçao horizontal, tricotomia e cesáreas mal indicadas, muito alem dos 15% de limite maximo preconizado pela OMS)? Há algum tipo de Deus aqui contrariando as bases realmente cientificas do MS e da OMS?
"Estudos internacionais mostram que para maior segurança dos recém-nascidos, as gestantes, mesmo de baixo risco, devem ter partos em instituições hospitalares tradicionais. A ênfase exagerada na normalidade pode levar ao reconhecimento ou à ação retardada das complicações"
"Ênfase exagerada na normalidade"!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Se há tantos estudos, me cite alguns... Um então! Onde esta a referência disso? Esta informação é muito, muito importante para ficar solta assim. O conselheiro da matéria confunde indicadores de qualidade da assistência com humanização. Qualquer leigo sabe que não sao a mesma coisa. "identificar precocemente as distócias e o sofrimento fetal; corrigir prontamente as distócias e prevenir o dano fetal; garantir condições de reanimação do recém-nato". Nem precisa ser humanizado para saber realizar tais procedimentos. E os outros itens que refere como de humanização, deveriam ser obrigação, base para qualquer instituição.
Humanização integral vai além e poucos hospitais tem oferecido isso. Por que este orgão, ao invés de tentar (nunca vai conseguir) queimar o parto domiciliar humanizado, não investe em "humanizar" seus profissionais com o objetivo de reduzir o número de cesáreas desnecessárias (que causam, estas sim, danos infinitamente maiores à getsante e bebê) e as absurdas de intervenções rotineiras, tidas como verdades inquestionáveis por seus profissionais?
"Na Inglaterra, em partos hospitalares, esse risco é de 1 para 1561, enquanto nos partos domiciliares planejados, nos Estados Unidos, é de 1 para 500, e na Austrália de 1 para 371." Essa colocação tendenciosa soa, no mínimo, cômica. Quando falamos da Inglaterra em partos hospitalares, por que citam os partos domiciliares planejados de EUA e Austrália? Ou vice-versa? Quando falamos de dados regionais dentro de um país, devemos compará-los a dados da mesma região do outro país, certo? O que tem a ver os partos hospitalares da Inglaterra com os domiciliares de EUA e Austrália, senhor Deus? Eu gostaria muito de saber qual a correlação entre os partos Ingleses entre si; dos EUA entre si e do australiano entre si. Nesta citação, novamente a fonte não consta.
"dos 5 milhões de recém-nascidos que morrem anualmente no mundo, cerca de 1 milhão (20%) são vítimas de asfixia intra-útero ou no momento do parto." "Intra-utero" não significa que qualquer intervenção "salvaria", mas que algumas, bem empregadas, poderiam ajudar alguns a sobreviver. Sobreviver, que fique claro, não necessariamente a viver com qualidade.
"No momento do parto"... Qual parto? Estaria aí incluida a cesárea eletiva, da qual ja se espera desconforto respiratório e outras sequelas importantes? Estranha esta colocação porque as principais causas de morte sempre foram desnutrição, hipertensão, diabetes e assistência inadequada.
Seria essencial a citação das fontes dessas e de outras "aspas" (!) serias feitas no texto referido. Pelo menos.
FEIRA DO LIVRO 2024
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